Sindicato denuncia a luta por Justiça e Transparência no Serviço Público de Maracaju
- Redação
- há 3 dias
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Em meio a um cenário de crescentes tensões entre a gestão municipal de Maracaju e seus servidores públicos, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SISPMMA) emerge como voz de resistência frente a medidas consideradas arbitrárias e excludentes. Tudo começou com a publicação do Decreto n° 174, em 19 de maio de 2025, instituído unilateralmente pela prefeitura, sem diálogo com o sindicato ou os trabalhadores. O documento, que limita drasticamente os adicionais salariais, foi o estopim para uma crise que expôs desigualdades e falta de transparência na administração pública.
Enquanto o salário do prefeito foi fixado em R$ 32.874,76 e o de secretários municipais ultrapassava R$ 19 mil, os servidores de base receberam em março um reajuste de apenas 4,83%, insuficiente para compensar a inflação e manter o poder de compra. Para piorar, em abril e maio, a gestão municipal reduziu em 5% a 10% — e em alguns casos mais — os valores da *verba de produtividade*, componente essencial para a renda de muitas famílias. Na saúde, onde a demanda por atendimento aumentou e o quadro de servidores diminuiu, os profissionais viram seus adicionais serem limitados a 30%, enquanto cargos comissionados mantiveram a possibilidade de receber até 100%.
O SISPMMA denuncia ainda a redução dos adicionais de qualificação: servidores que concluíram especializações tiveram seu adicional cortado de 20% para 8%, e novas concessões foram suspensas até dezembro. Medidas que, segundo o sindicato, desestimulam a capacitação e penalizam quem busca melhorar o serviço público.
Diante do silêncio da prefeitura, que ignorou pedidos de reunião e não justificou as mudanças, o SISPMMA decidiu agir. Protocolou um requerimento formal para acessar as folhas de pagamento dos últimos seis meses, com foco em cargos comissionados, suspeitando de privilégios e má gestão de recursos.
Em uma nota de repúdio, o SISPMMA classificou as ações do governo como “atos que prejudicam o funcionalismo” e reforçou sua disposição de lutar judicialmente para restaurar os direitos dos trabalhadores. “Enquanto a administração municipal demonstra falta de empatia, nós seguiremos firmes, porque servidores valorizados são a base de um serviço público de qualidade”, concluiu a entidade, ecoando o sentimento de indignação que une a categoria.
A crise em Maracaju serve como um alerta: sem diálogo e respeito aos trabalhadores, a máquina pública perde sua essência — o compromisso com o povo.
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