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Mato Grosso do Sul tem oito barragens em alto risco, alerta relatório da ANA


Um relatório divulgado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) nesta quarta-feira (2) identificou oito barragens em Mato Grosso do Sul classificadas como de alto risco e com alto potencial de dano em caso de rompimento. As estruturas estão localizadas em Corumbá, Sidrolândia, Campo Grande e Dourados, exigindo atenção urgente devido ao perigo que representam para populações próximas e ao meio ambiente.


Barragens críticas

Entre as barragens destacadas estão:

- Lago do Amor e Incorporadora Atlântico S/S Ltda., em Campo Grande. A primeira já sofreu rompimentos parciais em 2023 e 2024, causando destruição na Avenida Filinto Müller.

- Três barragens vinculadas ao Incra em Sidrolândia (Barragem 1 - Grande, Barragem 2 e Barragem 3).

- Barragem do Parque Arnulpho Fioravante, em Dourados.


Mais de mil barragens irregulares

Dados do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) revelam que o estado possui 1.028 barragens irregulares — 30% do total registrado (3.376). A irregularidade muitas vezes está ligada à falta de documentação, mas também inclui problemas estruturais. Um exemplo recente foi o rompimento de uma barragem em um condomínio de luxo entre Campo Grande e Jaraguari em agosto de 2024, que inundou 11 propriedades e atingiu uma área de 6 a 8 km.


Riscos e fiscalização

O Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB) aponta que o estado tem:

- 25 barragens com alto dano potencial (impacto grave em caso de rompimento).

- 14 classificadas como alto risco (probabilidade elevada de acidentes).


Apesar disso, o número de fiscalizações caiu 7% em 2024, e a falta de orçamento específico preocupa especialistas. O Ministério Público Estadual (MPE) realizou audiências para discutir reparações às vítimas do rompimento no condomínio de luxo.


Contexto nacional

Mato Grosso do Sul não está na lista prioritária de barragens críticas do país, que inclui 241 estruturas. No entanto, o estado concentra 2.690 barragens cadastradas, muitas usadas para irrigação e abastecimento.


Próximos passos

Autoridades reforçam a necessidade de:

- Regularização documental e estrutural das barragens irregulares.

- Ampliação das fiscalizações e investimentos em manutenção.

- Ações emergenciais para as estruturas já classificadas como de alto risco.


Enquanto isso, órgãos ambientais e o MPF monitoram casos como o do Lago do Amor, investigado por rompimentos recorrentes. A população exige transparência e medidas concretas para evitar novas tragédias.




Fontes: Agência Nacional de Águas (ANA), Imasul, Campo Grande News, G1 MS.

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