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SEM SALARIO: A Luta de uma Família para Pagar a Faculdade do Filho


Em um momento de extrema emoção e dificuldade, uma família enfrentou a angústia de não receber o salário atrasado da prefeitura, crucial para pagar a última mensalidade da faculdade do filho, João. A mãe, emocionada, relata que a família não tinha o dinheiro necessário, pois a prefeitura ainda não havia efetuado o pagamento — e, devido ao feriado, a situação parecia sem solução.


A Última Mensalidade


A noite havia sido longa. A mãe revirava-se na cama, os olhos ardendo de cansaço, mas o sono não vinha. O relógio marcava três da manhã, e o peso daquela última mensalidade da faculdade do João a esmagava como uma pedra no peito. "Se não pagarmos hoje, perdemos o desconto", lembrava-se, a voz do marido, ecoando em sua mente. Ele estava no assentamento, a quilômetros dali, trabalhando desde o amanhecer. Não poderia ajudá-la agora.

O dinheiro da prefeitura, que deveria ter chegado na semana passada, ainda não aparecera. "Provavelmente não virá antes do feriado", pensou, engolindo o nó na garganta. Era sempre assim: salários atrasados, contas se acumulando, promessas vazias. Mas dessa vez, o desespero era maior. João estava prestes a se formar, e aquela última parcela era a chave para libertá-lo de anos de luta.

Clara fechou os olhos e respirou fundo. "Deus, eu não tenho para onde correr", sussurrou, as lágrimas escorrendo silenciosas. Foi então que o celular vibrou. Era uma mensagem de um anjo: "Consegui juntar um pouco. Vou transferir agora." Minutos depois, outra notificação: um amigo de João, que soube da situação, enviou o que podia. E assim, como um milagre, pedaços de esperança começaram a chegar.

Quando o sol raiou, a mãe estava na porta da faculdade, a nota suada na mão. O caixa pegou o dinheiro, contou e sorriu. "Última parcela quitada." Ela não conteve o choro. Ali, naquele balcão, via não apenas o fim de uma dívida, mas o fruto de noites sem dormir, de pratos frugais, do suor de um pai na roça, das orações silenciosas.

Ao sair, olhou para o céu e sentiu o coração leve. "Mãe não desiste", pensou, enxugando as lágrimas. João a esperava no carro, prontos para a viagem de volta a Maracaju. O caminho era longo, mas agora, mais leve. A prefeitura poderia falhar, mas a família dela — e os anjos que Deus enviou — não.

E assim, entre dívidas e milagres, a mãe descobriu que o maior pagamento não estava no extrato bancário, mas no sorriso do filho, finalmente livre para sonhar.

Uma história real de superação, fé e amor incondicional, onde a persistência de uma mãe provou que, mesmo nas piores crises, a esperança pode vencer.

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