Safrinha de milho em Sidrolândia e Maracaju (MS) apresenta bom desenvolvimento, mas preocupações com produtividade e geadas persistem
- Redação
- 14 de mai.
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O desenvolvimento da safrinha de milho nas regiões de Sidrolândia e Maracaju, no Mato Grosso do Sul, tem sido positivo, impulsionado pelas chuvas abundantes em abril e maio. No entanto, os produtores permanecem atentos aos riscos climáticos, como geadas, e aos desafios fitossanitários que podem impactar a produtividade.
Desenvolvimento da Safra
Juliano Schmadik, presidente da COPsema, destacou que o plantio ocorreu dentro da janela ideal, com apenas 10% a 20% das lavouras semeadas fora do período recomendado. As chuvas de abril, que superaram os 200 mm, foram decisivas para o bom desenvolvimento das lavouras. "Os milhos plantados em abril e maio estão se saindo muito bem, diferentemente dos primeiros plantios em fevereiro, que sofreram com a estiagem durante a formação das espigas", explicou Schmadik.
Riscos Climáticos e Produtividade
Apesar do cenário favorável, a preocupação com geadas em junho permanece, embora não haja previsões concretas de massas polares intensas na região. Quanto à produtividade, ainda é cedo para estimativas precisas, mas as primeiras lavouras já apresentam espigas bem formadas, mesmo com eventuais perdas pontuais devido à seca inicial.
Desafios Fitossanitários
A pressão por pragas, como cigarrinhas e pulgões, tem sido significativa, enquanto a resistência de híbridos a lagartas diminuiu. "As tecnologias já não estão segurando como antes, e no próximo ano precisaremos intensificar o uso de inseticidas", alertou Schmadik. Por outro lado, as doenças estão controladas, graças à aplicação adequada de fungicidas.
Mercado e Margens Apertadas
Os preços do milho caíram de R$ 58−60 para R$ 50-51 por saca após as chuvas, reduzindo as margens de lucro. Juliano Schmaedecke ressaltou que os produtores precisarão de alta produtividade para equilibrar os custos de produção, que estão elevados.
Mensagem aos Produtores
Schmadik encerrou com um recado de otimismo e cautela: "Desejo a todos uma boa safra e que se preparem bem para o plantio da soja. Esperamos tempos melhores, especialmente para o sul do Brasil, que enfrenta estiagens há quatro anos".
Com o milho ainda em desenvolvimento, os produtores seguem monitorando o clima e as condições das lavouras, na expectativa de uma colheita satisfatória.
Fonte: Entrevista com Juliano Schmaedecke, presidente da COPsema, via Notícias Agrícolas.
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