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Governo negocia com Musk monitoramento da Amazônia

Foto do escritor: RedaçãoRedação

Bolsonaro anuncia contrato com Musk para monitoramento da região e diz que satélites derrubarão "mentiras" sobre devastação



O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk — dono das empresas SpaceX, Tesla e Starlink — anunciaram, ontem, em São Paulo, o lançamento de um programa de internet via satélite que pretende conectar 19 mil escolas em áreas rurais e promover um monitoramento ambiental "mais tecnológico" na Amazônia. Não foram divulgados, porém, detalhes do acordo.



Bolsonaro buscou no empresário sul-africano um aliado para refutar pressões sobre sua gestão da Amazônia. Ele é muito criticado, no Brasil e no exterior, por sua política ambiental e os números recordes de desmatamento e incêndios na maior floresta tropical do planeta. O chefe do Executivo disse contar com Musk para "mostrar a verdade para o mundo sobre a região tão cobiçada por outros países".

"Nós vamos mostrar que a Amazônia é preservada. Lógico que existem os nichos de exploração, de queimada e desmatamento irregular, mas a chegada dos satélites vai nos ajudar a preservar. Agora, precisamos, também, desenvolver aquela região, que é riquíssima em biodiversidade e em riquezas minerais", enfatizou Bolsonaro, reclamando de "quanto malefício causam para nós aqueles que difundem mentiras sobre essa região".




Presente ao encontro, o ministro das Comunicações, Fábio Faria explicou, durante coletiva de imprensa, que os satélites darão ao governo ferramentas para colaborar no controle do desmatamento. São equipados — conforme destacou — com laser que detectam o ruído das motosserras de quem desmata, e além disso, vão ajudar a vigiar os "focos de calor" na região para controlar possíveis queimadas ilegais. Em novembro, o governo já tinha informado que negociava um acordo com Musk para o fornecimento de internet via satélite na Amazônia.



Bolsonaro chama Musk de mito da liberdade

O presidente Jair Bolsonaro rasgou elogios ao empresário Elon Musk pela intenção de comprar o Twitter (leia Saiba mais) e disse que a atitude é um "sopro de esperança". Na visão do chefe do Executivo, o bilionário é um "mito da liberdade".

"Cada vez mais, a tecnologia se faz presente para nos ajudar. O mais importante na presença dele (Elon Musk) é algo imaterial. Hoje em dia, poderíamos chamá-lo de mito da liberdade. Um exemplo ele nos deu há poucos dias, quando anunciou a compra do Twitter. Para nós, foi como um sopro de esperança", destacou.

O presidente ainda condecorou o bilionário com uma medalha de honra ao mérito. Na visão de Bolsonaro, Musk tem a "vontade de devolver a liberdade". "Liberdade é a semente para o futuro", disse o chefe do Executivo. "Então, a presença dele aqui, todos sabem de sua importância e do que ele representa para o mundo", continuou.


Mais rico do mundo

Nascido na África do Sul — e com nacionalidades, também, americana e canadense —, Elon Musk, 50 anos, é a pessoa mais rica do mundo, segundo a revista Forbes. Tem fortuna estimada em US$ 200 bilhões. Inicialmente conhecido como o fundador da Tesla, Musk, pai de oito filhos e divorciado três vezes, tornou-se uma figura central do neocapitalismo americano com suas ambições extraplanetárias e ideias políticas, amplamente difundidas por ele nas redes sociais. Nesta semana, negou acusações de ter agredido sexualmente uma comissária de bordo há seis anos e denunciou o que definiu como um complô "político". O canal on-line independente Insider informou que a SpaceX pagou US$ 250 mil a uma mulher, em 2018, para encerrar um processo de comportamento inadequado contra o bilionário.


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