Crise hídrica persiste na Reserva Indígena de Dourados apesar de ações emergenciais
- Redação
- 28 de mar.
- 2 min de leitura
Atualizado: 8 de abr.
A crise no abastecimento de água na Reserva Indígena de Dourados, que engloba as aldeias Jaguapiru e Bororó e abriga cerca de 20 mil moradores, continua afetando a qualidade de vida da população. Mesmo após medidas emergenciais adotadas no final do ano passado, muitas famílias indígenas ainda enfrentam a escassez de água.

Após intensos protestos no fim de 2024, incluindo o bloqueio da MS-156 e confrontos com a Polícia Militar, foi criada uma força-tarefa para buscar soluções urgentes. Entre as ações implementadas, a perfuração e ativação de novos poços artesianos foi uma tentativa de ampliar o fornecimento de água potável na reserva.
Entretanto, um novo impasse compromete os esforços: a queima das bombas instaladas nos poços. Apesar da substituição e reparos de alguns equipamentos, muitos sistemas permanecem inoperantes devido à falta de eletricistas para realizar as conexões e ativações necessárias.
Enquanto isso, moradores seguem enfrentando dificuldades, dependendo de caminhões-pipa ou de alternativas improvisadas para suprir necessidades básicas. Em períodos de estiagem e calor intenso, o problema se agrava, prejudicando atividades diárias como higiene, preparo de alimentos e cuidados com a saúde.
Lideranças indígenas alertam que o abastecimento ainda é desigual dentro da reserva e cobram providências urgentes. “A água é um direito básico. A perfuração dos poços foi um avanço, mas sem eletricistas para ativá-los, a situação continua a mesma”, destaca uma liderança local.
A questão já foi novamente levada às autoridades, e a expectativa é que, nas próximas semanas, a Sesai (Secretaria de Saúde Indígena) e demais órgãos competentes atuem para viabilizar a contratação dos profissionais necessários.
A Reserva Indígena de Dourados, uma das maiores do país em área urbana, enfrenta desafios históricos de infraestrutura. Enquanto aguardam soluções definitivas, os moradores resistem, na esperança de que as ações prometidas se transformem em melhorias concretas.
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